
O vereador Iran Barbosa, do PSOL, destacou, nesta quarta-feira (5), a realização da 24ª edição do Festival Iberoamericano de Cinema de Sergipe – Curta-SE, cuja abertura aconteceu na última segunda-feira (3), no Teatro Tobias Barreto, com a pré-estreia nacional do filme ‘O Agente Secreto’, de Kleber Mendonça Filho, com uma programação que seguirá até o próximo domingo, dia 9.
Para Iran Barbosa, é muito honroso que a cidade de Aracaju seja a sede de um evento tão importante como o Curta-SE, que já acontece há 24 edições.
“Parabenizo a idealizadora e diretora desse magnífico festival, a minha amiga Rosângela Rocha, e a produtora executiva, Deyse Rocha, duas batalhadoras na busca de tentar manter viva algo que para nós é essencial, que é a Cultura, em especial nessa área do audiovisual. Elas são merecedoras de todos os elogios”, externou.
O parlamentar enfatizou a grandeza do Festival, que terá extensa programação, com exibições de mostras competitivas, debates e apresentações artísticas, com entrada gratuita ao público.
“Essa gratuidade é muito importante, porque garante o acesso da população a um circuito cultural que a gente não encontra em outros lugares. Quero daqui estimular que as pessoas procurem saber da programação e participem”, disse.
Homenagem
Iran também destacou a homenagem que foi feita, na abertura do Festival, ao ator e diretor de cinema Matheus Nachtergaele, que recebeu o Troféu “Ver ou Não Ver” por sua extensa contribuição às artes, ao teatro e, principalmente, ao cinema brasileiro.
O vereador lembrou ter sido também homenageado no Curta-SE, em 2009, recebendo o mesmo troféu por suas contribuições como parlamentar federal ao festival e ao cinema sergipano.
“Recebi a homenagem, naquele momento, como ‘Deputado da Cultura’. À época eu era deputado federal e tive a satisfação de ter sido homenageado pelas ações que direcionamos para esse setor que, evidentemente, considero estratégico”, contou.
O parlamentar concluiu a sua fala lamentando que o setor cultural segue sendo muito pouco valorizado pelo Poder Público e criticando os baixos investimentos destinados, nos orçamentos públicos, ao setor.
“Infelizmente, não vemos grandes incentivos a esse setor, que é essencial ao desenvolvimento civilizatório de qualquer país. Não conseguiremos avançar como uma nação civilizada e instruída sem investir em cultura. O Brasil ainda é um dos países com um alto índice de exclusão cultural. Basta ver a nossa cidade, onde temos pouquíssimas alternativas no setor cultural. O nosso circuito de cinema, por exemplo, é quase restrito aos shoppings centers. Precisamos ter mais cultura viva em nossa cidade, nos nossos bairros, e isso exige investimentos no setor”, defendeu o parlamentar.
Iran fez questão de ressaltar que, ao contrário do que o senso comum vem estabelecendo, a riqueza cultural de uma cidade não se mede, somente, pelo número de eventos que promove, mas pela valorização do seu capital cultural.
“Lamentavelmente, foram substituindo o conceito de promoção da Cultura pelo conceito de promoção de shows e/ou eventos. Não que os eventos não tenham o seu lugar; eles são importantes também e marcam o calendário. Mas uma coisa é a promoção de eventos, que é pontual e restrita; outra coisa é a promoção da Cultura, muito mais ampla e que exige investimentos nas mais variadas modalidades de artes. Não que o poder público deva assumir essa tarefa sozinho, mas pode e deve ser o maior incentivador e estimulador do setor cultural”, reforçou Iran Barbosa.






