Iran enaltece os 200 anos da emancipação de Sergipe

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"Comemorar os 200 anos da nossa Emancipação Política é primeiro, nos afirmarmos como um estado autônomo, que nos dá uma identidade muito própria”, ressalta.

Autor do Projeto de Lei nº 292/2019, que institui o ano de 2020 como o Ano do Bicentenário da Emancipação Política do Estado de Sergipe, o deputado Iran Barbosa (PT), falou na tarde desta segunda-feira, 10, sobre as peculiaridades dos sergipanos e da importância de fazer uma reflexão quando das comemorações alusivas aos 200 anos de independência de Sergipe do estado da Bahia.

De acordo com o parlamentar, quando se fala da Emancipação Política de Sergipe, não se pode esquecer da constituição de um estado e de um povo dentro da nação brasileira (que tem especificidades do menor estado brasileiro), que não podem ser apagadas diante de uma série de traços e de aspectos culturais que nos dão identidade nacional.

“O sergipano é um brasileiro com identidade que associa a outros povos, mas nós aqui temos peculiaridades e comemorar os 200 anos da nossa Emancipação Política é primeiro, nos afirmarmos como um estado autônomo (com uma parte administrativa própria, temos a nossa representação legislativa e governamental), que nos dá uma identidade muito própria”, ressalta.

Peculiaridades

Iran Barbosa entende que fazer referência aos 200 anos da Emancipação Política de Sergipe diz respeito a afirmar e reafirmar que o sergipano tem características peculiares de acolhimento e de solidariedade. “Vivemos em um estado que consegue mesclar o cheiro do desenvolvimento e de uma visão mais cosmopolita, mas ainda com muita coisa provinciana; é preciso reafirmamos de que somos autônomos, integramos uma nação brasileira com responsabilidades a cumprir e dizer que estamos presentes, contribuindo com os nossos minerais (petróleo, amônia, gás), com a parte agrícola e com o trabalho que o povo tem para o desenvolvimento”, destaca.

O parlamentar acrescentou que Sergipe é pequeno, mas está presente, partilhando a identidade com os demais brasileiros.

“Não queremos perder nunca as nossas peculiaridades: o amendoim cozido do nosso jeito, a nossa feijoada feita de um jeito diferente, a nossa literatura de cordel, enfim, exigir que o ano de 2020 seja marcado como ano bicentenário, é refletir sobre essa série de questões e não deixar perder na memória e na história do povo sergipano, o significado de ter um estado autônomo e da nossa responsabilidade na construção coletiva de um país mais desenvolvido e solidário, como povo acolhedor e afetivo”, acredita.

Todo um planejamento está sendo traçado pela Alese para que seja desenvolvida uma vasta programação em torno das comemorações alusivas ao Bicentenário da Emancipação Política de Sergipe.

Por Aldaci de Souza – Rede Alese
Foto: Jadilson Simões