Iran manifesta solidariedade aos professores de Neópolis e faz apelo ao prefeito

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O deputado e professor Iran Barbosa, do PT, manifestou, na manhã desta quarta-feira, 05, solidariedade aos professores do município de Neópolis que, desde o último dia 03, paralisaram as atividades e estão mobilizados e em luta contra a falta de condições de trabalho, desvalorização profissional e salários defasados. Na quinta-feira, 06, a categoria entrará em greve por tempo indeterminado.

“Quero aqui externar minha solidariedade aos meus colegas professores de Neópolis, que durante cinco anos não tiveram reajuste no seu piso salarial. São cinco anos de retenção dos direitos desses professores, além de outros graves problemas que eles enfrentam”, disse o petista.

Iran disse que, segundo informações, um professor da Rede Municipal de Educação daquele município recebe como Piso Salarial o valor de R$ 1.826,65, quando, para 2020, o piso pago aos professores e professoras deve ser de R$ 2.886,24, de acordo com o Ministério da Educação (MEC).

“Portanto, é algo em torno de um mil reais de diferença, e isso tem um impacto muito grande na vida daqueles trabalhadores em Educação. Então, há fortes razões para greve, diante do desrespeito ao valor do reajuste do piso salarial nacional do magistério que vem se registrando de forma sucessiva, mas também há problemas em relação à oferta de transporte e alimentação escolares; há problemas sérios na estrutura física das escolas; e as condições de trabalho são muito precárias”, relatou.

Apelo ao Prefeito

O parlamentar apontou, ainda, que há insistentes tentativas do sindicato da categoria, o SINTESE, através de ofícios, de buscar uma audiência com o atual prefeito, Célio Lemos, para que receba a entidade e dialogue sobre os problemas existentes e aponte alternativas.

“Infelizmente, até o presente momento, não houve resposta. Aproveito para fazer um apelo ao prefeito, para que ele receba os representantes e lideranças sindicais do SINTESE para que possam avançar no processo de negociação e resolver os problemas, garantindo a normalidade do funcionamento das escolas”, colocou.

“Essa é uma situação extremamente difícil, mas que precisa haver uma sinalização, por parte do gestor, de como será resolvida. O que não pode é os educadores continuarem sendo vítimas do descaso, da falta de atenção administrativa, da falta de condições de trabalho e de um congelamento nos salários que cria sérios problemas para a categoria e para o funcionamento das escolas”, afirmou o parlamentar e professor.