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Iran Barbosa destaca dados do Atlas da Violência 2025

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Foto: Agência Brasil/Arquivo

Na manhã desta quarta-feira, 14/5, o vereador Iran Barbosa, do PSOL, destacou dados do Atlas da Violência 2025, divulgado no último dia 12, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

“Temos que estar atentos a esses dados porque é a partir deles que vamos formular as políticas públicas de segurança. E os números divulgados são impactantes”, salientou Iran.

O parlamentar chamou a atenção para os dados relativos às mortes na juventude. De acordo com o Atlas, em 2023, 34% das mortes de jovens (entre 15 e 29 anos) no país foram classificadas como homicídios; e considerando todos os assassinatos no Brasil naquele ano, 47,8% (21.856) tiveram vítimas nessa faixa etária, o que corresponde a uma média de 60 jovens mortos violentamente por dia no país, sendo 94% das vítimas do sexo masculino.

“Quase a metade de todos os assassinatos registrados no país tiveram como vítimas pessoas jovens. Esse é um dado que tem que nos alarmar, porque atinge aqueles que serão o futuro do nosso país. Isso precisa escandalizar o Brasil”, apontou.

Iran também destacou os dados relativos a crianças e adolescentes, entre 2013 e 2023. De acordo com o Atlas da Violência, nesse período, 2.124 crianças de 0 a 4 anos foram assassinadas no Brasil. No mesmo período, 6.480 vítimas tinham entre 5 e 14 anos, e outras 90.399 eram adolescentes de 15 a 19 anos, sendo que, dessas mortes, 83,9% ocorreram por arma de fogo.

Em relação ao recorte racial, relatou Iran, o Atlas aponta que o Brasil registrou, em 2023, 35.213 homicídios de pessoas negras – pretas e pardas; ou seja, em 2023, uma pessoa negra tinha 2,7 vezes mais chances de ser vítima de homicídio do que uma pessoa não negra.

“O Atlas confirma que o alto grau de letalidade e de violência sobre as pessoas negras é maior”, disse, apontando, ainda, os dados relacionados aos homicídios que atingem as mulheres, que entre 2022 e 2023 cresceu 2,5%, na contramão da tendência geral, que vem apresentando reduções consistentes desde 2018.

Iran Barbosa relatou, também, que no mesmo período, o Atlas aponta que os casos de violência contra homossexuais e bissexuais aumentaram 35%; e contra transexuais e travestis, aumentaram 43%.

“Ainda há muitos outros dados relativos à violência contra idosos, a pessoas com deficiência, e sobre os quais também precisamos nos debruçar. Os dados do Atlas da Violência são importantes e precisam ser trazidos para a nossa realidade local para que possamos formular as políticas públicas necessárias para enfrentar essas violências”, afirmou o vereador Iran Barbosa.