Deputado Iran Barbosa apoia a luta contra privatizações da Eletrobras e da Chesf

0
1074
Privatização da Chesf deixará com a iniciativa privada o controle de usinas e reservatórios como de Xingó

O deputado estadual Iran Barbosa, do PT, colocou o seu mandato à disposição da luta contra a proposta do governo federal de privatização da Eletrobras e de suas subsidiárias de produção e distribuição de energia, entre as quais, a Companhia Hidrelétrica do São Francisco – Chesf, apenas para cobrir rombos nas contas públicas. Em 2020, a Eletrobras registrou lucro líquido de R$ 6,4 bilhões e lucro recorrente (bruto) de R$ 14 bilhões, demonstrando a sua robustez e liquidez.

Na tarde da terça-feira, 30, o parlamentar participou de uma reunião remota com dirigentes do Sindicato dos Eletricitários de Sergipe (Sinergia) que estão em campanha para tentar barrar a sanha privatista e entreguista do governo federal. No dia 25/3, o Palácio do Planalto encaminhou ao Congresso Nacional a MP 1031/21, cujo principal objetivo é abrir caminho para a privatização da Eletrobras de forma fatiada, numa tentativa de traçar um caminho mais curto e rápido para entregar a estatal à iniciativa privada.

“Quero reafirmar o meu compromisso com essa pauta, que faz parte da minha luta desde que eu iniciei a minha trajetória como professor, como historiador que sou, e depois como dirigente sindical, assim como na minha vida política, nos parlamentos por onde tenho passado”, afirmou Iran Barbosa.

O presidente do Sinergia, Sérgio Alves, lembrou do apoio que sempre recebeu dos mandatos que o petista representou, especialmente quando foi deputado federal, entre 2007 e 2010.

“Já naquela época, Iran se somava na defesa da Eletrobras e, particularmente, da Chesf como patrimônios públicos. Portanto, nos sentimos muito à vontade em, mais uma vez, procurá-lo para somar-se com outros segmentos importantes, nos parlamentos e junto à sociedade civil organizada, para fortalecermos a campanha em favor das estatais de energia”, disse.

“Esse momento é de unir forças e por isso estamos buscando o apoio do mandato do companheiro Iran Barbosa, que sempre foi um defensor dos trabalhadores e do patrimônio público do povo brasileiro e, em se tratando da Chesf, do povo nordestino, já que a Chesf foi e ainda é fundamental para o desenvolvimento da nossa região”, enfatizou Sérgio Alves.

Iniciativas do mandato

Como formas de fortalecer a luta contra as privatizações da Eletrobras e da Chesf, o deputado Iran Barbosa sugeriu a realização de uma audiência na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), com data a ser negociada, onde algum especialista indicado pelo sindicato poderia fazer uma exposição para os parlamentares, apontando razões para a manutenção das duas estatais nacionais de produção e distribuição de energia como públicas, destacando o papel social fundamental que as duas cumprem.

Iran também disponibilizou as suas redes sociais e de comunicação para amplificar a campanha na defesa da Eletrobras e Chesf e dar mais visibilidade a essa luta, além de apoiar e divulgar no Parlamento Estadual os documentos produzidos pelo sindicato nessa defesa, bem como aderir e dar total apoio na construção de uma Frente Parlamentar ampla em defesa da Eletrobras e Chesf.

“Essa é uma batalha estratégica para o país e para a qual precisamos dar não só evidência, mas buscar garantir que ela seja vitoriosa. Uma eventual privatização deste setor, levará nosso país a enfrentar consequências sociais terríveis”, afirmou Iran.

A Eletrobras é uma gigante nacional com 233 usinas de geração de energia, incluindo Furnas – que opera 12 hidrelétricas e duas termelétricas – e a Chesf, além de seis distribuidoras, todas na região Norte e Nordeste, e 61 mil quilômetros de linhas de transmissão, metade do total do país.

“Não existe valor de mercado para um patrimônio dessa magnitude, construído com o suor do nosso povo e com a inteligência e a capacidade da engenharia brasileira. Privatizar a Eletrobras é simplesmente entregar de mão beijada um setor estratégico para qualquer país que preza pelo seu desenvolvimento. Deixar energia e água nas mãos de grupos econômicos que tratam esses bens não como direitos da população mas como meras mercadorias para geração de lucros para o capital é um grave erro. Basta lembrarmos do recente apagão no Amapá, onde o fornecimento de energia foi privatizado”, destacou Iran.

“Não podemos aceitar nem permitir isso, e cerraremos fileiras contra mais esse crime que querem cometer contra o povo brasileiro, como se não bastasse o desmonte e a venda criminosa de partes importantes do patrimônio da nossa Petrobras”, completou.