Iran Barbosa destaca o papel do seu mandato durante a greve e a vigília do Magistério

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Parlamentar tem cumprido o papel de mediador em nome da categoria

O deputado e professor Iran Barbosa, do PT, usou a tribuna da Assembleia Legislativa, na manhã da segunda-feira (02), para fazer um balanço dos seis dias de luta do magistério de Sergipe contra os projetos de Lei Complementar (PLC’s) N° 16 e 17/2019 que o governo do Estado encaminhou para a Alese e que mexem com direitos históricos dos educadores. Em greve desde o último dia 26/11, a categoria ocupou o prédio do parlamento estadual, em protesto contra as duras medidas contidas nos PLC’s e estão em vigília, em defesa dos seus direitos.

Iran Barbosa lembrou que se os professores da rede estadual estão em greve e ocupando a Alese, deve-se aos constantes ataques que o governo vem promovendo contra os direitos da categoria, para além do quadro de negação de cidadania aos alunos e professores, devido aos vários problemas existentes nas unidades escolares, que comprometem o direito à educação e não são resolvidos.

“Para além disso, este ano a categoria teve a negação do seu direito ao reajuste do valor do Piso Salarial do Magistério, ainda que o percentual tenha sido o mais rebaixado desde a aprovação da lei, e o governo do Estado não fez o menor esforço para garantir essa correção. Portanto, o ano de 2019 está sendo marcado por uma série de ataques aos direitos dos professores e professoras, mas também ao direito de cidadãos e cidadãs ao bom funcionamento das escolas, o que levou a esse momento”, justificou o parlamentar, enfatizando que o movimento dos professores contam com o apoio manifesto dos estudantes.

O petista também resgatou que assim que os dois projetos chegaram à Alese, o seu mandato imediatamente cumpriu com o papel de dar ciência à direção do sindicato da categoria, o Sintese, que convocou os professores que, em assembleia, deliberam pela greve.

Iran destacou, ainda, que teve a incumbência de anunciar a ocupação dos educadores na Assembleia Legislativa para a realização da vigília e cumpriu a tarefa de, logo no primeiro momento da ocupação, conversar com o presidente da Casa, deputado Luciano Bispo, para que ele recebesse uma comissão de dirigentes do Sintese para dialogarem sobre esse processo de ocupação na Alese. Nessa reunião, arestas foram superadas e a permanência dos professores se deu de forma tranquila e sem maiores atritos.

“Os professores, da capital e do interior, da ativa e também muitos aposentados, permaneceram aqui, na resistência. Tivemos pequenos problemas ao longo desses dias, mas fomos procurando corrigir e superar. A nossa assessoria tem se revezado 24 horas, buscando dar a assistência necessária aos colegas professores para que a passagem deles por aqui não seja mais desconfortável do que já é, ainda mais no final de semana, onde muitos deixaram o conforto das suas casas e de estar com as suas famílias, para permanecerem aqui, na luta”, disse.

O parlamentar lembrou também que a categoria deliberou, em assembleia realizada na última quinta-feira (28), sinalizar com propostas, a serem apreciadas pelo governo, que tentam impedir que as medidas previstas nos projetos ataquem os direitos do magistério.

“Assim que a assembleia terminou, fiz a mediação entre a direção do Sintese e o presidente Luciano Bispo, que recebeu diretamente do vice-presidente do nosso sindicato, o professor Roberto Silva, as propostas da categoria aprovadas em assembleia para que buscasse fazer a interlocução com o governo do Estado, o que foi feito”, explicou Iran, apontando que seguiu dialogando, durante o final de semana, com Bispo e com representantes da Procurador Geral do Estado sobre o andamento das propostas junto ao Poder Executivo.

“O nosso mandato tem buscado cumprir o papel para o qual fui eleito: de fazer a mediação, como membro que sou dessa categoria, entre os poderes constituídos nos momentos de conflito. Espero que o Poder Executivo atenda aos apelos de todos que estão envolvidos nesse processo de negociação, para que o Magistério sergipano não seja prejudicado”, concluiu o petista.