Iran presta homenagem aos 60 anos de consagração de Irmã Francisca

0
478
Deputado Iran Barbosa junto à missionária belga Irmã Francisca, em Pacatuba

O deputado estadual Iran Barbosa, do PT, destacou, na sessão desta terça-feira, 08, da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), os 60 anos de consagração religiosa da missionária belgo-sergipana Mathilda Antoniette Christine Hendriex, a Irmã Francisca, como é conhecida na região do Baixo São Francisco, onde se estabeleceu.

“A Irmã Francisca já está há muitas décadas em nosso estado e é cidadã sergipana, por título concedido pela Alese, por iniciativa da então deputada Ana Lúcia, reconhecendo o trabalho que ela desenvolveu, e que desenvolve até hoje, de apoio às lutas dos camponeses, dos ribeirinhos, dos quilombolas, dos sem-terra, do povo desvalido e explorado do Baixo São Francisco. E ela foi por estas populações, adotada, como exemplo e referência, por lutar junto com eles, enfrentando todas as formas de perseguição e resistindo sempre”, afirmou o parlamentar.

“Deixo aqui as minhas felicitações à querida Irmã Francisca, essa belga transformada em sergipana; essa sergipana, transformada em referência para aqueles que lutam pelos direitos dos mais pobres do nosso estado. Um grande abraço para ela e para as Irmãs de Namur, que continuam aqui em Sergipe, e que possamos, cada vez mais, ter obreiros como a Irmã Francisca trabalhando em prol do desenvolvimento e da emancipação do nosso povo, especialmente dos mais pobres”, enalteceu o petista.

Breve Histórico

Nascida na pequena cidade flamenga de Wilderen, na província de Namur, norte da Bélgica, Mathilda Antoniette Christine Hendriex , conhecida como Irmã Francisca, veio para o Brasil, em 1968, como missionária-educadora, em um momento bastante conturbado da vida política do país. O Brasil sofria com o recrudescimento do Regime Militar, com o Ato Institucional nº 5. A religiosa chega em Japaratuba, atendendo ao chamado do bispo da diocese de Própria, Dom José Brandão de Castro, para se juntar a outros belgas que aqui já estavam, entre eles Gérard Lothaire Jules Olivier, o Padre Geraldo, falecido em 2013.

O nome Francisca vem da veneração por São Francisco de Assis e seus ensinamentos. Sua vida no Brasil e, em especial, em Sergipe foi marcada por anos de muita luta, resistência e enfrentamentos pelas causas sociais do povo pobre e desvalido da região do Baixo São Francisco, onde permanece até hoje, morando em Pacatuba, junto com outras Irmãs de Namur.