Deputado Iran Barbosa apresenta dados do Atlas da Violência

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Foto: Fernando Frazão/Arquivo Agência Brasil

O Deputado Estadual Iran Barbosa , do PT, usou a tribuna da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) para apresentar, como tem feito todos os anos, dados extraídos do Atlas da Violência, produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e pelo Fórum em Segurança Pública, em parceria com o Instituto Jonas dos Santos Neves.

Para o parlamentar, os dados do Atlas da Violência sempre cumprem um importante papel para que se tenham elementos qualificados para a fundamentação do debate e da formulação de políticas públicas de segurança.

“Um aspecto levantado pelos analistas relativamente aos dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde, que aponta uma queda na taxa de homicídios no Brasil, entre 2018 e 2019, é que eles devem ser tratados de forma muito cautelosa, porque há uma denúncia de deterioração na qualidade dos registros oficiais. Os dados oficiais que foram tabulados dão conta de que houve uma queda de 22,1% na taxa de homicídios, entre os anos 2018 e 2019, em nosso país. Mas, ao mesmo tempo, registrou-se um crescimento de mortes classificadas como Mortes Violentas por Causa Indeterminada, o que inviabiliza uma análise mais segura da violência no período”, pontuou.

Grupos vulneráveis são os mais atingidos

Na oportunidade, o Deputado Iran Barbosa apresentou informações preocupantes acerca dos índices de violência que afetam, de diversas maneiras, os grupos mais vulneráveis da população brasileira.

Os dados presentes no Atlas da Violência 2019 apontam que os jovens, as mulheres, os negros, as pessoas com deficiência, os indígenas, os bissexuais e homossexuais continuam sendo os principais alvos da violência no Brasil.

“Os dados disponibilizados pelo Atlas da Violência 2019, que reuniu, cruzou e interpretou informações oriundas de diversas fontes, dão conta de que os jovens seguem sendo as principais vítimas de homicídios; que os feminicídios representam um terço das mortes violentas de mulheres no país; que 76% do total de vítimas de homicídios são pessoas negras; que tivemos 7.613 notificações de violência contra pessoas com deficiência no ano; que a taxa de homicídios de indígenas subiu 9,8% de 2018 para 2019; e que as notificações registradas de violência contra homossexuais e bissexuais cresceram, também, 9,8% em relação a 2018. Portanto, os segmentos mais vulneráveis da população continuam sendo os mais atingidos pela violência e pelo homicídio. É o que revelam os dados Atlas da Violência 2019. Essa realidade apresentada deve servir de fonte para o enfrentamento dessa violência dirigida, direcionada, e para a formulação de políticas públicas de segurança voltadas, especialmente, para proteger esses grupos mais atingidos pelo fenômeno social da violência ”, afirmou.