O deputado Iran Barbosa (PT) destacou, durante a sessão mista da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), de quinta-feira, dia 18, o fracasso da política do governo federal, até o momento, em dar respostas eficientes e eficazes ao enfrentamento da Pandemia de Covid-19.
O parlamentar enfatizou que o Brasil sempre foi reconhecido, internacionalmente, pela sua capacidade bem sucedida na execução de campanhas de vacinação em massa, através do nosso Sistema Único de Saúde, o SUS. No entanto, neste momento grave de Pandemia, em razão da política de governo em andamento no país, marcada por uma postura negacionista, o Brasil figura entre as nações com índices vexatórios no enfrentamento da Covid-19.
“Traduzindo a cobertura vacinal em números e fazendo uma análise comparativa com países que têm se destacado no processo de imunização do seu povo, identificamos que, em Israel, por exemplo, para cada 100 habitantes há quase 99 doses de vacinas aplicadas; enquanto que, no Brasil, para cada 100 habitantes, esse número é de apenas 4,58 doses”, exemplificou.
O deputado denunciou também que, segundo dados divulgados pela imprensa, no ano passado, o governo federal deixou de gastar 80 bilhões no enfrentamento à Covid-19; não usou 22,3 bilhões que estavam reservados para compra de vacinas; e não usou 28,9 bilhões que estavam reservados para pagar o auxílio emergencial.
“É exatamente isso o que nós estamos chamando de ‘Necropolítica’, que tem sido a principal diretriz definidora do governo federal no trato da Pandemia em nosso país”, afirmou.
Além disso, dirigindo-se àqueles que colocam, equivocadamente, a Economia acima da vida, Iran Barbosa destacou que a ineficácia do governo federal no processo de vacinação, contribuirá para uma crise ainda mais aguda da economia nacional.
“Os estudiosos da economia mundial estão começando a afirmar que o mundo vai passar por um novo processo de divisão, no qual os países que não conseguirem concluir a vacinação da população e controlar o surgimento de variantes do novo Coronavírus podem acabar isolados do resto do mundo. As nações deverão ser divididas, segundo alguns analistas, em zonas de risco definidas a partir da cobertura vacinal dos seus povos. Por exemplo, o Sudeste da Ásia e a Europa deverão estar na faixa verde; enquanto a Índia e parte da África deverão estar na faixa laranja; mas, o Brasil, a África do Sul e os Estados Unidos estarão na zona vermelha, marcada pelas altas taxas de transmissão e vacinação insuficiente, o que colocará esses países em isolamento mundial, por serem reconhecidos como zonas de risco”, alertou.
“Portanto, onde não houver uma preocupação com a cobertura vacinal da sua população, haverá consequências graves impostas pelas relações internacionais, com repercussão nos direitos, na movimentação e na economia dos povos e nações”, acrescentou.