Audiência Pública discute os 21 anos de ditadura civil-militar no Brasil

0
1018

Na próxima segunda-feira, 1º de abril, às 8h30, o deputado estadual Iran Barbosa estará promovendo, na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), a Audiência Pública “55 Anos do Golpe Militar – Para que não se esqueça, para que nunca mais aconteça”. Para tratar do tema, o parlamentar convidou o professor doutor José Vieira da Cruz, historiador e vice-reitor da Universidade Federal de Alagoas (UFAL); e a professora doutora Andréa Depieri, do Departamento de Direito da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e secretária-executiva da Comissão da Verdade de Sergipe (CVS).

Para Iran Barbosa, o debate sobre os anos da ditadura civil-militar que se instalou no Brasil entre 1964 e 1985, torna-se mais necessário que nunca, em função do avanço do fascismo e do reacionarismo no país, que tenta se institucionalizar e disseminar entre a população a naturalização da tortura, a eliminação das minorias e dos diferentes, e a negação dos direitos humanos.

“A ditadura civil-militar que subjugou o Brasil por 21 anos permanece uma ferida aberta em nossa sociedade, e as graves violações de direitos humanos perpetradas pelo Estado durante os chamados Anos de Chumbo ainda pairam, ameaçadoras, sobre a vida política nacional. Estamos novamente assistindo a graves ameaças à nossa frágil democracia, com o enaltecimento, por parte da Presidência da República, à ditadura, a torturadores e a crimes de Estado contra cidadãos como práticas aceitáveis, e isso vindo de parlamentares e agentes públicos que juraram defender à Constituição quando tomaram posse, mas que a rasgam constantemente, como fez o presidente, ao propor que as Forças Armadas celebrem o terror que foi o Golpe de 64. Não podemos aceitar isso. Precisamos nos insurgir contra essa infâmia e contra os que atentam contra a civilidade e os direitos humanos”, afirmou o deputado petista.

“Neste sentido, conhecer exatamente o que foi o terror da ditadura civil-militar no Brasil é uma tarefa que cabe a todos que defendem a democracia, o Estado Democrático de Direito e os avanços civilizatórios, para evitar que voltemos a viver os dias terríveis de um regime ditatorial que matou, torturou, estuprou, deu sumiço a corpos de militantes de esquerda e de cidadãos comuns que não compactuavam com o regime, entre outras atrocidades. Temos que conhecer os fatos para que não sejam esquecidos nem repetidos”, disse o petista, reforçando o convite para que todos e todas participem da Audiência Pública.