O deputado estadual e professor Iran Barbosa, do PSOL, destacou, na tribuna da Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe (Alese), nesta terça-feira (26), a manifestação realizada por alunos do Colégio Estadual Ministro Petrônio Portela, localizado no Bairro Farolândia, na segunda-feira (25), na qual reivindicavam o preenchimento do quadro de professores e de merendeiras; além de denunciarem problemas relacionados à infraestrutura daquela unidade de ensino. O parlamentar esteve presente no ato para apoiar a reivindicações dos estudantes.
“Quero parabenizar a iniciativa cidadã dos alunos do Colégio Estadual Ministro Petrônio Portela, por terem se mobilizado pelas redes sociais e se organizado para reivindicar a resolução dos problemas ali existentes. Eles fizeram uma manifestação muito bonita, organizada, contando, inclusive, com o apoio de pais de alunos e professores”, relatou o parlamentar.
“E se formos observar bem, toda semana tem manifestações em diversas escolas do nosso estado, denunciando problemas quanto ao funcionamento das unidades de ensino. Quero lamentar que, depois do longo período em que as escolas estiveram fechadas por conta da pandemia, e tendo esse tempo para planejar suficientemente a retomada das aulas, agora, com o retorno das atividades escolares, aparecem diversos problemas que não podiam estar acontecendo, como escolas com quadro de professores e funcionários incompleto, por exemplo”, apontou.
Iran lembrou que fez reiterados apelos para que o Governo de Sergipe e a Secretaria de Estado da Educação realizassem, de acordo com o que a legislação estabelece, concurso público para servidores e professores, a fim de suprir as lacunas existentes nos quadros funcionais das escolas estaduais.
“No caso do Petrônio Portela e de algumas outras escolas da rede, o problema não é a falta, por exemplo, de itens para a preparação da alimentação escolar, mas de profissionais para prepararem os alimentos dos alunos”, reforçou Iran.
De acordo com o parlamentar, a manifestação produziu efeito e, como consequência, a diretora da Diretoria de Educação de Aracaju (DEA) foi até o local para dialogar com os estudantes, pais de alunos e também com os funcionários do Colégio. Segundo informações, entre outras promessas, o que ficou acertado é que, até que se consiga a contratação de merendeiras, serão providenciados lanches prontos para os alunos.
“Mas esse é um modelo de alimentação que criticamos por não ser próprio do cardápio da alimentação escolar, que deve ser saudável para os nossos alunos, o que não é o caso desses lanches prontos”, lamentou.
Para Iran Barbosa, os problemas apontados no Colégio Estadual Ministro Petrônio Portela se repetem em outras escolas da rede e, como resultado, o processo de ensino e aprendizagem fica sacrificado nessas escolas.
“Para professores e professoras conseguirem cumprir com a sua tarefa de garantir aos alunos o direito de aprender, é preciso antes se assegurar o direito de ensinar. Esses dois direitos andam juntos. Como é que se pode garantir o direito dos alunos aprenderem numa escola onde o quadro de professores está incompleto, onde há falta da alimentação escolar ou a quadra poliesportiva está danificada a ponto de ser impraticável a sua utilização? Isso tudo repercute negativamente no rendimento dos alunos”, apontou Iran Barbosa.
“É preciso que o Governo do Estado exercite alternativas para resolver essas questões, que são recorrentes em várias escolas da rede. Fica aqui o nosso apelo ao secretário de Educação e ao governador para que busquem solução para esses problemas”, reforçou o parlamentar, lembrando também que há problemas na distribuição dos livros didáticos, que não chegaram em número suficiente para todos os alunos.
