A Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) aprovou, na quarta-feira, 21, o Requerimento nº 913/2020, de autoria do deputado Iran Barbosa, do PT, que solicita a presença do secretário de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc), Josué dos Passos Subrinho, na Alese, para explicar como se dará o retorno gradativo das aulas na rede estadual de ensino, já anunciado pelo governo. A data da audiência ainda será agendada.
Na apresentação do Requerimento, o petista afirmou ser fundamental a presença do secretário na Alese para dialogar com os parlamentares, esclarecendo também para a população, sobre como se dará o processo de retomada das aulas presenciais em Sergipe diante da ausência de vacina, de testagem em massa e de medidas garantidoras da vida dos estudantes, professores, demais trabalhadores e toda a comunidade.
“O comparecimento do secretário de Educação, diante de todas as medidas que estão sendo anunciadas e tomadas para a retomada das aulas presenciais, é fundamental para que saibamos de como isso se dará sem colocar em risco a vida de estudantes, professores, funcionários e suas famílias”, explicou Iran.
Também na quarta-feira, 21, a Secretária de Estado da Saúde (SES), Mércia Feitosa, foi ouvida pelos deputados na Alese. Na oportunidade, Iran Barbosa questionou-a quanto à posição da SES no tocante ao retorno das aulas presenciais na rede estadual de ensino.
“Sabemos que o que está anunciado é uma retomada gradativa das aulas, mas é sempre importante lembrar que o serviço público de educação é o que mais aglomera pessoas de uma só vez, e isso precisa ser considerado. Isso é preocupante. Como é que a Secretaria de Saúde analisa isso e como ela contribuiu nessa decisão tomada pelo governo, de liberar esse retorno às aulas?”, indagou o petista na ocasião.
A secretária de Saúde explicou que o plano de retomada das atividades da educação foi construído com diálogo e articulação com os envolvidos e que em nenhum momento foi decretada a reabertura sem que os riscos fossem avaliados.
“A Secretaria de Educação já vem se debruçando há muito tempo sobre isso. Nós não decretaríamos essa reabertura se pudesse trazer riscos, até porque o monitoramento de casos é diário e nós participamos das discussões de todo o plano de retomada”, disse Mércia Feitosa.